| Ministro da Infraestrutura visita Mato Grosso para tratar da BR-163 e de ferrovias.mp3 |
Foto da manchete:Secom-MT
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Durante visita a Mato Grosso, para participar de uma audiência pública, que tratou dos problemas que envolvem a duplicação da BR-163, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, aproveitou para esclarecer questões sobre as ferrovias que vão cortar Mato Grosso.
Privatizada, a BR-163, em Mato Grosso, já deveria ter sido duplicada em um trecho de 453 quilômetros, conforme o previsto no contrato de concessão firmado entre o governo federal e a Rota do Oeste, há sete anos.
Porém, apenas 125 quilômetros foram duplicados. Ainda faltam 328 quilômetros para o término das obras.
Na avaliação de Tarcísio, vários fatores impactaram para o descumprimento do contrato. Entre eles, o envolvimento da Odebrecht em escândalos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato.
"Vamos apresentar um termo aditivo e de ajustamento de conduta. Ele tem uma condição de eficácia para que seja feita a substituição do controle acionário após a assinatura do TAC, Termo de Ajustamento de Conduta”, explicou o ministro.
Tarcísio Gomes garantiu ainda que não haverá reajuste da tarifa na cobrança do pedágio durante o processo de substituição da empreiteira da Odebrecht, que atualmente administra a BR-163 por meio da Rota do Oeste em Mato Grosso.
Antes de começar a audiência pública, Tarcísio afirmou que dois problemas dificultam o avanço da ferrovia Ferrogrão: ambientais e judiciais.
Segundo o ministro, o leilão para início da ferrovia está sofrendo muitos ataques.
"É uma questão curiosa: o único lugar do mundo que temos que provar que uma ferrovia é sustentável é no Brasil. A alternativa a Ferrogrão é a duplicação da BR-163. O que é mais sustentável? Fazer a ferrovia ou duplicar a BR? O que elimina mais a emissão de CO2? O que elimina mais acidentes? A resposta para tudo é ferrovia!", reforçou o ministro.
Além disso, Tarcísio comentou que outra coisa difícil em um processo desse tipo é conseguir investidor. E para Mato Grosso a situação é completamente diferente, pois a empresa Rumo Logística já se declarou favorável a ser a detentora da ferrovia no estado.
"Só precisamos da liberação da justiça para fazer o leilão e ter um leilão bem-sucedido com 12 bilhões de reais de investimento", destacou Tarciso.
O ministro disse ainda que no mês que vem devem começar as obras da Fico, ferrovia que vai ligar Mara Rosa, em Goiás, a Água Boa, em Mato Grosso.
Além disso, Tarciso de Freitas demonstrou interesse em levar os trilhos de Água Boa até Lucas do Rio Verde.