Ministério Público cobra ações concretas do Estado para controlar os incêndios no Pantanal

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina

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O que o Estado realmente fez, após o incêndio ocorrido em 2020, para prevenir novas queimadas no Pantanal Mato-grossense?

Esta foi a pergunta que norteou as discussões na última sexta-feira, durante a audiência pública promovida pela 15ª Promotoria de Justiça Cível de Defesa do Meio Ambiente Natural de Cuiabá.

As informações colhidas serão anexadas ao procedimento investigatório instaurado pelo Ministério Público e vão orientar a instituição na tomada de decisão. 

O MP cobrou o Estado a adoção de uma série de medidas de prevenção para evitar prejuízos à fauna e flora locais, como a elaboração de um plano de manejo e o reflorestamento de matas ciliares que já queimaram.

Segundo a promotora de Justiça Ana Luíza Ávila Peterlini, o Ministério Público abriu um procedimento para investigar a gravidade dos incêndios e o que precisa ser feito para evitá-los.

A promotora falou sobre a necessidade de o Estado elaborar um plano de manejo para as Unidades de Conservação e de todos os preventivos de incêndio, não só para o Parque Encontro das Águas, mas para todo o Pantanal.  

Ana Luíza lembrou que o fogo é recorrente, por isso é necessário a prevenção.

A promotora criticou a falta de centros de atendimentos para animais silvestres e de integração dos órgãos na prevenção e combate aos incêndios.

Segundo ela, não é possível imaginar que Mato Grosso atue de um lado, Mato Grosso do Sul de outro e Ibama de em outra parte.

Ela destacou ainda a necessidade de transformação da Transpantaneira em uma estrada parque, onde as pessoas que circulam no pantanal possam receber orientação.