Mercado brasileiro de milho teve um cenário de altos e baixos em fevereiro

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Foto da manchete:  Reprodução Web

Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina

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O mercado brasileiro de milho registrou um cenário bastante diferente ao longo de fevereiro.

Na primeira metade do mês foi marcada pelo movimento de alta nas cotações, com uma maior necessidade de compra por parte dos consumidores e com os produtores adotando a estratégia de segurar as ofertas para venda.

A partir da segunda quinzena, contudo, o movimento do mercado inverteu completamente.

Segundo a Safras Consultoria, após adquirir bons volumes do cereal, os compradores saíram do mercado, forçando os produtores a pressionar as cotações.

A diferença elevada entre o valor de compra e de venda do milho manteve os compradores na defensiva, à espera de um movimento maior de queda nos preços.

Tentando liberar maiores espaços nos armazéns para estocar a soja colhida e tendo de honrar compromissos financeiros neste final de mês, os produtores passaram a disponibilizar maiores volumes do cereal para venda, o que contribuiu para uma diminuição nos preços nas principais praças de comercialização do Brasil.

Fatores como o cenário de queda das cotações no porto para a safrinha, a fraca demanda na exportação e a valorização do real frente ao dólar também foram determinantes para a baixa dos preços no cenário doméstico.

No cenário internacional, ainda que a Bolsa de Chicago tenha esboçado uma reação na última semana do mês, o viés negativo predominou ao longo de fevereiro, em meio à expectativa de uma ampla oferta global, puxada pela safra recorde nos Estados Unidos e pela expectativa de uma boa produção do cereal em países da América do Sul.