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Foto da manchete: Assessoria
Por: Jurandir Antônio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
O governador Mauro Mendes criticou a tramitação “a toque de caixa” da reforma tributária.
Segundo o governador, uma reforma estrutural, com tamanha dimensão não pode ser feita a toque de caixa.
Mendes disse ainda que reconhece a necessidade de uma reformulação do sistema tributário do País, mas esse debate tem que ser feito com transparência e mostrar com clareza os impactos.
Mendes não concorda com as datas propostas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP de Alagoas, que defende que o relatório seja votado pelo plenário da Casa na semana que vem.
“Não se pode apresentar um texto em uma semana e votar na outra sem o debate necessário. Seria irresponsabilidade com um tema tão complexo e importante”, criticou o governador.
Para Mauro Mendes, o ideal é estabelecer pelo menos 60 dias para análise do texto e aprofundamento dos debates pela Câmara dos Deputados e outros 60 dias pelo Senado.
Para Mendes, ainda há ajustes a serem feitos no relatório, apresentado na última semana pelo relator da proposta, deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba.
Um dos pontos questionados pelo Governo do Estado é a extinção dos fundos regionais, como o Fethab, Fundo de Transporte e Habitação de Mato Grosso.
O fundo é a contribuição que o agronegócio recolhe e é usado em obras de transporte, habitação e infraestrutura.
Na avaliação do governador, Mato Grosso será um dos “maiores perdedores” com a reforma tributária proposta.
Cálculos do governo apontam para perda de 100 bilhões de reais da arrecadação de Mato Grosso em 40 anos.
Na semana decisiva para a discussão da proposta de reforma tributária, Mauro Mendes estará em Brasília para tentar modificar trechos do texto que prejudicam Mato Grosso.
“Vou acampar em Brasília", assegurou o governador.
