Mato Grosso tem baixa desigualdade e segue entre estados com maior renda domiciliar

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Foto da manchete: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti

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Mato Grosso tem o segundo menor índice de desigualdade de renda do país, com um índice de Gini de 0,442, atrás apenas de Santa Catarina com 0,431.

Esse indicador mede a concentração de renda e quanto mais próximo de zero, menor é a desigualdade.

A média nacional em 2024 foi de 0,506, o menor nível desde o início da série histórica em 2012.

As informações são do módulo anual da PNAD Contínua sobre Rendimento de Todas as Fontes, divulgado pelo IBGE na última semana.  

Além disso, o Estado ocupa a 7ª posição entre os maiores rendimentos médios mensais domiciliares per capita, com dois mil 235 reais, valor acima da média nacional que ficou em dois mil e vinte reais.   

Esse rendimento considera o total de recursos recebidos por todos os moradores de um domicílio, dividido pelo número de pessoas, e inclui salários, aposentadorias e pensões, rendas de aluguel e benefícios sociais.

Outro dado que reforça a força econômica da população mato-grossense é o fato de 79,4% da renda domiciliar na região Centro-Oeste vir do trabalho, a maior proporção do país.

Em contraste, apenas 2,6% da renda domiciliar na região vêm de programas sociais, como o Bolsa Família, um índice bem abaixo das regiões Norte com 8,2%, e Nordeste que chega a 9,4%.

Mato Grosso também se destaca por estar entre os 10 estados com menor dependência do Bolsa Família: apenas 13,7% dos domicílios têm beneficiários do programa, frente a uma média nacional de 18,7%.

O levantamento mostra ainda que os 40% da população mato-grossense com menor rendimento recebiam 824 reais por pessoa no domicílio, o 5º mais alto do país. A média nacional foi de 601 reais.

Esse é o maior valor registrado para esse grupo desde o início da série do IBGE, o que reflete a melhora no poder de compra das famílias de menor renda.