LGBTfobia - Dados apontam aumento da violência contra pessoas LGBTQIA+ em Mato Grosso

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Foto da manchete: Agência Brasil

Por: Jurandir Antônio – Voz: Elaine Coimbra

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A violência é uma das principais preocupações e motivo de luta no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, celebrado neste 28 de junho.  

Dados de janeiro a maio deste ano, do Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, apontam 28 denúncias e 168 violações por situações de violência contra pessoas LGBTQIA+ em Mato Grosso.

Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 366% nas denúncias, de seis para 28, e de 630% nas violações, de 23 para 168.

Este ano, Cuiabá lidera com sete denúncias. Cocalinho e Cáceres têm seis cada um.

A maioria dos registros envolve violação da integridade física e psíquica e, grande parte, ocorreu na casa da vítima ou em evento público.

Já o Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, divulgou números mais preocupantes.

De janeiro a março deste ano, foram 64 ocorrências e no ano de 2022, contabilizou 282.

Destes, a maioria foi por injúria, com 24 casos, e ameaças com 11.

O presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT e membro do Grupo Livremente de Mato Grosso, Clóvis Arantes, acredita que os dados não refletem a realidade de violência sofrida.

Arantes lembrou que esses números estão subnotificados, pois muitos não denunciam, por medo de sofrer discriminação no momento do registro da ocorrência, ou porque a violência sofrida ocorreu dentro de casa e existe essa resistência de não querer denunciar a família, além do receio de sofrer com a exposição.

Quem for vítima de LGBTfobia, pode denunciar no Disque 100, ou em delegacias especializadas. Em caso de flagrante pode ser feito pelo 190.