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Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti
Texto do áudio:
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria revela que, nos últimos dois anos, foram registradas cerca de 14 mil hospitalizações no SUS, Sistema Único de Saúde, de crianças e adolescentes devido a acidentes com queimaduras.
Em 2022, foram seis mil 924 casos e, em 2023, seis mil 981.
Em média, o SUS registra aproximadamente 20 hospitalizações diárias por queimaduras na faixa etária de zero a 19 anos.
O levantamento abrangeu somente os casos graves, com indicação de acompanhamento hospitalar.
A sondagem aponta que crianças de um a quatro anos de idade são as maiores vítimas, totalizando seis mil e 400 internações, em 2022 e 2023.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Clóvis Francisco Constantino, as queimaduras costumam acontecer em crianças pequenas, na maioria dos casos, em consequência do descuido dos adultos.
Já a médica Luci Pfeiffer, da diretoria da Sociedade Brasileira de Pediatria, alertou que durante as festas juninas, com a desculpa das comemorações, acontece uma desproteção ainda maior com crianças e adolescentes.
A pediatra lembrou que em várias cidades ainda são vendidos fogos de artifício em ruas e estradas para pessoas de qualquer idade.
Ela reforçou que fogos de artifício não são brinquedos e não devem ser manuseados por crianças e adolescentes. Segundo ela, não é só a queimadura. A explosão pode provocar a perda da mão da criança e de adultos também.