| Fávaro questiona capacidade do consórcio e quer barrar o contrato de concessão da BR-163.mp3 |
Foto da manchete: Agência Senado
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
O senador mato-grossense Carlos Fávaro, do PSD, apresentou denúncia junto ao TCU, Tribunal de Contas da União, contra o Consórcio Via Brasil, vencedor da concessão de mais de mil quilômetros das BRs-163 e 230, entre os municípios de Sinop e Miritituba, no Pará.
No pedido, o parlamentar defende que o TCU suspenda imediatamente a assinatura do contrato junto à ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, até que fique comprovada a capacidade econômica do grupo de empresas para realizar as intervenções previstas no acordo.
No pedido, Fávaro destacou que a Via Brasil tem duas concessões para a exploração de rodovias estaduais em Mato Grosso, a MT-208 e a MT-320, totalizando 188 quilômetros e ligando os municípios de Alta Floresta, Carlinda, Nova Canaã do Norte, Colíder e Nova Santa Helena à BR-163.
Nos dois casos, está claro que as empresas integrantes do consórcio não têm condições técnicas e financeiras para assegurar a trafegabilidade das vias.
Segundo o parlamentar, a população mato-grossense tem sofrido muito com o péssimo serviço prestado. A única coisa que funciona é a cobrança do pedágio. O resto é abandono”, reforçou o senador.
Para demonstrar a realidade das duas concessões, o senador apresentou relatos que dão conta da existência de enormes buracos nas vias, colocando em risco a segurança de quem trafega por elas.
Fávaro destacou que no caso da concessão federal estão previstos investimentos, por parte da concessionária, de três bilhões de reais pelos próximos cinco anos.
Além disso, o traçado da rodovia federal passa por terras indígenas e sítios arqueológicos, o que vai demandar outros investimentos, de aproximadamente 350 milhões de reais.
Carlos Fávaro lembrou que “se a concessionária não tem condições de cuidar de menos de 200 quilômetros de duas rodovias estaduais, está claro que não há capacidade técnica e financeira de uma obra desta magnitude”.