Exportação de miúdos bovinos de Mato Grosso cresce 25,5% em 2025, segundo Imac

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Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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De janeiro a julho deste ano, Mato Grosso exportou quase 48 milhões de dólares em miúdos bovinos.

Na comparação com o mesmo período de 2024, houve um aumento de cerca de 10 milhões de dólares nas exportações, o que representa um crescimento de 25,5%.

Os miúdos bovinos são cortes não tradicionais da carne, diferentes de picanha, alcatra e contrafilé, mas que possuem grande valor comercial em outros países.

Estão incluídos nesse grupo vísceras, como fígado, coração e rins; cabeça e derivados, como bochecha, língua e miolo; trato digestivo, como estômago e intestinos; além de rabo, diafragma, tendões, pâncreas e até testículos.

Segundo o analista de Gestão da Informação do Imac, Instituto Mato-grossense da Carne, Valdecir Francisco Pinto Júnior, muitos desses produtos não têm grande consumo interno no Brasil, mas são valorizados em mercados da Ásia, África e América Latina, onde fazem parte de pratos tradicionais ou são utilizados pela indústria alimentícia.

De acordo com ele, a China, por exemplo, é um grande comprador de fígado e tendões bovinos.

O principal destino dos miúdos foi Hong Kong, que adquiriu 32% das miudezas e tripas comercializadas pelo estado no período.

Somente para esse destino, as vendas somaram mais 15 milhões de dólares, incluindo língua bovina congelada.

Também figuram como importadores de peso a Rússia, que comprou mais de sete milhões de dólares em fígado, língua e outras miudezas neste ano.

Segundo o analista do Imea, as exportações de miúdos são fundamentais para a competitividade da carne bovina de Mato Grosso.

Valdecir Júnior explicou que elas permitem o aproveitamento integral do animal, reduzem desperdícios e geram valor em cada etapa da produção.