Estudo do IBGE mostra desigualdades entre brancos e pretos ou pardos em Mato Grosso

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Jurandir Antonio

Em Mato Grosso a taxa de desocupação das pessoas de 14 anos  de idade  ou menos era de 7,7% em 2018.

Entre os pretos ou pardos, porém, esse índice sobe para 8,4%. Entre os brancos a taxa é de 5,8%, segundo o estudo de Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que faz uma análise das desigualdades entre brancos e pretos ou pardos.

A desigualdade de cor ou raça é ainda maior em relação ao rendimento médio total dos trabalhadores com 14 anos ou mais, em ocupações formais e informais, que foi de dois mil 242 reais em Mato Grosso no ano passado.

No entanto, na realidade, brancos recebiam, em média, dois mil 667 reais, enquanto pretos ou pardos tinham salário médio de dois mil e 45 reais, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2018.

Em trabalhos formais, o salário do branco era de três mil e seis reais, enquanto que o do preto ou pardo era de dois mil 383 reais.

Nas ocupações informais o rendimento médio real do branco era de dois mil e 90 reais enquanto que os pretos ou pardos recebiam mil 540 reais.

Ainda, segundo a pesquisa, entre os 10% da população com os menores rendimentos no estado, 25,8% eram brancos, e 72,7%, pretos ou pardos.

No ano passado, 31% da população mato-grossense era branca; 10,2%, preta; e 57,6%, parda. Esses três grupos juntos representavam 98,8% do total dos cerca de três milhões e 400 mil moradores do estado.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015, 45,3% dos estudantes brancos no 9º ano do ensino fundamental frequentavam uma escola em área de risco em termos de violência.

Entre os pretos ou pardos na mesma série, mais da metade (59%) dos alunos estudava em um colégio em local perigoso.

Em Mato Grosso, o quadro atual é de sub-representação da população preta ou parda na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa: apenas um, 12,5%, dos oito parlamentares eleitos pelo estado para a Câmara em 2018 é preto ou pardo e somente cinco, 20,4%, do total de 24 cadeiras da Assembleia foram preenchidas por preto ou pardo.

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