Estudo da Embrapa mostra que castanha-do-pará está impulsionando o desenvolvimento sustentável da região Norte

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Foto da manchete:  Rafael Rocha/embrapa/divulgação

Por Jurandir Antônio - Voz: Yaponira Cavalcanti

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Estudo desenvolvido pela Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, mostra que a castanha-da-amazônia, também conhecida como castanha-do-pará, está impulsionando o desenvolvimento sustentável da Região Norte por meio de pagamentos por serviços ambientais.

Além de garantir o armazenamento de carbono e a regulação do clima, bem como ajudar o país a cumprir metas de programas governamentais e acordos internacionais, a castanha tem contribuído para gerar renda em comunidades extrativistas ao mesmo tempo que impulsiona o desenvolvimento sustentável no Brasil.

A conclusão foi divulgada na publicação Castanha‑da‑Amazônia: Estudos sobre a Espécie e sua Cadeia de Valor, Aspectos Sociais, Econômicos e Organizacionais.

O livro está disponível para download na internet.

Assinado por pesquisadores da Embrapa lotados em São Paulo, o levantamento integra o capítulo 11 da publicação, intitulado Serviços ecossistêmicos da floresta com castanheiras e serviços ambientais prestados pelos agroextrativistas, manejadores e guardiões da floresta em pé.

O livro reforça a importância de agregar valor às florestas que tem presença da castanheira.

Segundo a Embrapa, a castanha-da-amazônia está entre os principais produtos do agro extrativismo do país, com sua cadeia envolvendo “dezenas de milhares de famílias” e movimentando “milhões de dólares anualmente”.

A empresa estima que a produção de castanhas obtida por meio do extrativismo no Brasil movimente, no mínimo, 130 milhões de reais por ano.

A Embrapa destaca ainda que a castanheira desempenha um “papel crucial” para a conservação da Amazônia, estando presente em cerca de 32% do bioma.

Diante desse contexto, a Embrapa destaca que, além do valor ecológico, a castanheira possui também relevância socioeconômica e cultural.