| Estabelecimentos que comercializam produtos de segunda mão cresceram quase 50% nos últimos dois anos.mp3 |
Foto da manchete: Agência Brasil
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Uma das consequências da pandemia do coronavírus, foi que as pessoas começaram a se atentar mais para a necessidade de controle financeiro e sustentabilidade.
Não à toa, a moda circular, que trata da reutilização de peças usadas, ganhou espaço concreto no mercado, impactando na formação de um novo perfil de consumo e venda, trazendo benefícios tanto para quem compra, quanto para quem vende.
Para se ter ideia, de acordo com o Sebrae, a abertura de estabelecimentos que comercializam produtos de segunda mão registrou crescimento de 48.58% entre os primeiros semestres de 2020 e 2021.
Somente no primeiro semestre do ano passado, duas mil 104 empresas desse segmento foram abertas, sendo entre elas, mil 875 MEIs, microempreendedores individuais, e 229 empresas de pequeno porte.
Gabriela Parra e Mariana Spadacio, proprietárias de uma loja de moda circular voltada para produtos infantis em Cuiabá, são parte desses números que não param de crescer.
A dupla abriu esse ano a empresa de outlet infantil e comenta que o que as levaram a entrar nesse mercado, foi justamente a possibilidade de um negócio rentável e que alia a reciclagem de produtos, vantagem financeira e mercado expansivo.
De fato, no mercado da moda, a sustentabilidade e tudo que a agrega, é um conceito que chegou para ficar.
Segundo a analista técnica do Centro Sebrae de Sustentabilidade em Mato Grosso, Sara Espírito Santo de Paula, atualmente a questão da sustentabilidade é colocada com um viés mais estratégico, sem perder de vista o empreendedorismo e a parte econômica.
“Quando a gente consegue olhar para dentro desse segmento da moda e trazer essa questão da reutilização e reaproveitamento, é um impacto importante”, destaca a analista do Sebrae.