Em debate na AL/MT entidades afirmam que criação de Escolas Cívico-militares é inconstitucional

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por Jurandir Antônio - Voz: Elaine Coimbra

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Em Mato Grosso, como em outros estados brasileiros, a implantação das escolas cívico-militares tem sido tema de debates.

Por isso, o deputado Valdir Barranco, do PT, realizou, nesta segunda-feira, na Assembleia Legislativa, uma audiência pública para discutir o Projeto de Lei, de autoria do Governo do Estado, que cria o Programa de Escolas Cívico-militares em todo o território mato-grossense.

A proposta foi lida em Plenário da Assembleia Legislativa, no dia seis de setembro.

Porém, o texto recebeu um substitutivo integral, de autoria da Comissão Permanente de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto.

No evento, o debate colocou frente a frente autoridades públicas e a sociedade preocupadas com a militarização escolar. A proposta é voltada para o ensino fundamental e médio.

Na opinião do assessor parlamentar, Edilson Spenthof, a proposta do Governo do Estado em transformar escolas estaduais em cívico-militares é inconstitucional.

Já o presidente do Sintep, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, Valdeir Pereira, lamentou a reapresentação do projeto de lei.

Na avaliação do presidente do Sintep, a oferta da educação tem que ser embasada na qualidade e que seja de forma universal.

O deputado Valdir Barranco afirmou que a implantação das escolas cívico-militares em todo o país não é questão de querer tanto por parte dos governantes quantos dos pais de alunos.

Segundo ele, é uma questão constitucional. “Não existe essa prerrogativa na Constituição Federal de 1988 que dê amparo a esse projeto”, reforçou o parlamentar.