Desmatamento na Amazônia Legal cai, mas aumenta no cerrado. Queimadas diminuíram nos dois biomas

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por: Jurandir Antônio – Voz: Enéas Jacobina

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Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal caíram 66,11% em agosto, comparados ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima na última semana.

O resultado foi celebrado pela ministra Marina Silva durante evento no Palácio do Planalto para anunciar novas medidas de proteção do bioma.

De acordo com a ministra, nos sete primeiros meses do atual governo, houve uma redução de 42% do desmatamento na Amazônia.

“Se comparado com o mesmo período do ano passado, é uma vitória”, comemorou Marina Silva.

A ministra disse ainda que em agosto, além da redução de 66,11% dos desmatamentos, houve também uma diminuição de 47,5% no índice de focos de calor na Amazônia, em relação a agosto de 2022.

A Amazônia Legal engloba além de Mato Grosso, os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão, abrangendo cerca de 59% do território brasileiro.

Ao mesmo tempo, porém, o cerrado vive uma situação um tanto diferente da vista na Amazônia.

No Cerrado houve aumento de 2,43% da área sob alertas em agosto na comparação com o mês de 2022, e de 19,83% de janeiro a agosto em relação aos oito primeiros meses do ano anterior.

Apesar do crescimento no desmate, as queimadas no bioma tiveram uma redução considerável em agosto, em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

Marina admitiu que o cerrado registra uma tendência crescente de desmatamento. Mas, segundo a ministra, ações estão sendo desenvolvidas para empurrar a curva para baixo, graças a parcerias com os governos estaduais.