| Deputados que compõe CPI da Sonegação são devedores de impostos.mp3 |
Vinícius Antônio - Da redação
Os deputados que compõem a CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal acumulam dívidas milionárias em seus nomes e no nome de suas empresas. Janaina Riva, Carlos Avalone e Dilmar Dal Bosco estão entre os devedores.
Na maioria dos casos, os políticos poderiam pagar quando bem quisessem os tributos pelos quais são cobrados, uma vez que possuem bens milionários muito superiores ao tamanho destas dívidas individuais.
Janaina Riva, titular da CPI, tem dívidas individuais que são executadas pela Justiça Federal. Em duas execuções fiscais diferentes, que foram suspensas, mas não extintas, a parlamentar é cobrada pela Fazenda Nacional por um débito de 107 mil 851 reais e 29 centavos e outro de 124 mil 423 reais e 38 centavos.
A empresa Floresta Viva Exploração de Madeira LTDA, ligada a Janaina, acumula uma dívida de um milhão e 800 mil reais com a União. A deputada emedebista alega que nunca esteve à frente administrativamente da empresa e que quem toca o negócio é seu pai, o ex-deputado José Geraldo Riva.
Além de Janaina, a investigação conta com quatro deputados suplentes e cinco titulares. Entre eles está Carlos Avalone, do PSDB, que possui dívidas tanto com a União quanto com a prefeitura de Chapada dos Guimarães.
Apenas uma de suas empresas, a MCA Energia e Barragem Ltda, tem débitos de 21 milhões e 900 mil reais. Dinheiro que deve por conta de impostos federais não pagos. Outra empresa, a Valor Engenharia Ltda., tem dívidas de 151 mil reais.
Parte das dívidas da MCA Engenharia é por conta de não pagamento de contribuições previdenciárias, débitos herdados da antiga empresa Três Irmãos Engenharia.
A execução fiscal que tramita na Justiça Federal sobre débitos previdenciários foi suspensa em junho deste ano, a pedido do deputado. A defesa alegou, no pedido de suspensão, que o grupo econômico das empresas dos irmãos Avalone está em recuperação judicial.
Outro que também deve impostos e vai investigar sonegadores é Dilmar Dal Bosco, do Democratas, que responde a três execuções fiscais propostas pela Fazenda Pública de Mato Grosso por conta de dívidas de uma empresa na qual foi sócio com seu irmão, o ex-deputado Dilceu Dal Bosco.
A Eletroamazônia Construções Elétricas Ltda, acumula débitos tributários com o fisco estadual que chegam a 240 mil reais
Dal Bosco não precisaria fazer nenhum grande esforço se quisesse pagar os impostos. Ele tem mais de R$ 22 milhões em bens.
Em nota, o parlamentar informou que os processos estão “todos sob os cuidados da justiça” e que um deles já foi arquivado e os demais aguardam a decisão final do juiz.