Deputados estaduais criticam o projeto do presidente Bolsonaro que pode acabar com 34 municípios de Mato Grosso

Áudio
Download do arquivo abaixo: (ou botão direito em salvar link como)

Jurandir Antonio

Os deputados estaduais utilizaram parte da sessão desta terça-feira, para criticar a possibilidade de extinção de 34 municípios em Mato Grosso por conta de um pacote de medidas econômicas encaminhado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, para tentar melhorar a situação das contas do setor público.

 

Para o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, a proposta do presidente Bolsonaro de acabar com os municípios com menos de cinco mil habitantes pode ter um impacto muito grande em Mato Grosso.

 

 “Os deputados estão preocupados com isso. Nós lutamos para criar esses municípios e agora acabar com eles seria ruim”, lamentou Botelho.

Já a deputada Janaina Riva, do MDB, classificou como “esdrúxula” a proposta do presidente Jair Bolsonaro, que propõe a redução do número de cidades existentes no país, realizando uma fusão de municípios.

 “Fui pega de surpresa com essa notícia esdrúxula de que 34 municípios de Mato Grosso, podem deixar de existir por ter menos de cinco mil habitantes”, afirmou Janaina.

A parlamentar ainda informou que apresentou na Assembleia Legislativa uma moção de repúdio contra o projeto.

 

O deputado petista, Valdir Barranco, também repudiou a Proposta de Emenda à Constituição  do Pacto Federativo apresentada pelo Governo Bolsonaro, que extingue mil 254 municípios brasileiros.

 

Em Mato Grosso, dos 141 municípios existentes, 34 se encaixam nesse perfil. Ou seja, são cidades com menos de cinco mil habitantes, com baixa arrecadação e que, portanto, correm o risco de serem extintos.

 

De acordo com Barranco, a resolução de Bolsonaro sobre a redução de municípios veio, literalmente, para rasgar a Constituição.

 

 “Aqui em Mato Grosso temos mais de 30 cidades que só tiveram vantagem, que só puderam avançar enquanto municípios, após a emancipação. Agora terão que retroceder, ” questionou Barranco.

 

O deputado Paulo Araújo, do PP, chamou a proposta de Bolsonaro de genocídio e “pacote da maldade” por conta de outros temas que afetam os servidores públicos.

 

“Uma violência, um genocídio. Um governo totalmente insensível às causas sociais”, atacou Araújo.

 

 “Queria manifestar meu repúdio ao projeto, porque só na minha região são três cidades: Santo Afonso, Nova Marilândia e Porto Estrela. O que será dessas cidades? Reagiu o deputado Doutor João José, do MDB.

 

Já os deputados Silvio Fávero, que é líder do PSL na Assembleia, e Ulysses Moraes, da Democracia Cristã, defenderam a proposta do presidente Jair Bolsonaro.

Comentar

Texto puro

  • Nenhuma tag HTML permitida.
  • Quebras de linhas e parágrafos são gerados automaticamente.
  • Endereços de páginas da Web e endereços de e-mail se transformam automaticamente em links.