Depoimento do doleiro Lúcio Funaro frustra quem esperava revelações bombásticas na CPI

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Jurandir Antonio - Da redação

O esperado depoimento de Lúcio Funaro na CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a suspeita de sonegação de impostos e renúncias fiscais indevidas em Mato Grosso, frustrou quem esperava revelações bombásticas do doleiro.

 

A começar pela decisão tomada pela maioria dos membros da comissão de realizar uma sessão fechada. Votou pela oitiva em reunião secreta a deputada Janaína Riva, do MDB, acompanhada pelos deputados Dilmar Dal Bosco, do DEM, e Ondanir Bortolini, o Nininho, do PSD. Wilson Santos, do PSDB, presidente da CPI, foi voto vencido.

 

Operador financeiro do MDB e um dos principais delatores da Operação Lava-Jato, Funaro confirmou que o empresário Fernando Mendonça, principal doador da campanha que elegeu o então senador Pedro Taques, do PSDB, ao governo de Mato Grosso, era sim o braço direito dos irmãos Joesley e Wesley Batista no Estado.

 

“Fernando Mendonça era o operador financeiro da JBS no Estado de Mato Grosso e isso foi falado por ele próprio para mim dentro da casa do Joesley”, atestou o doleiro.

 

Funaro admitiu que tem relações com alguns políticos de Mato Grosso. Por exemplo, disse ser amigo do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, mas negou qualquer atividade comercial ou ilegal com ele.

 

Funaro procurou não citar outros nomes. Disse que sua delação na Procuradoria Geral da República ainda está em segredo de justiça e ele foi orientado pelos seus advogados a não dar os detalhes. 

Segundo  o presidente da CPI, deputado Wilson Santos, Funaro orientou a Assembleia Legislativa de Mato Grosso pedir a delação dele ao Ministério Público Federal. 

 

Na próxima segunda-feira, 23 de setembro, a CPI vai ouvir o presidente do Grupo Amaggi, Judynei Carvalho.

 

O prazo para concluir as investigações é de seis meses, podendo ser prorrogada. 

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