Delegacia da Mulher revela que 80% das vítimas de feminicídio não tinham medidas protetivas

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Foto da manchete:  Paulo Pinto/ AGPT

Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina

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Mato Grosso registrou 45 feminicídios do início de 2023 até meados de dezembro.

De acordo com a Polícia Civil, 80% das vítimas não tinham medidas protetivas contra os agressores e somente metade das mulheres que sofreram agressões registraram boletins de ocorrência.

A medida protetiva tem a função de proteger a vítima de uma situação de risco.

Segundo a delegada titular da Delegacia da Mulher de Cuiabá, Judá Marcondes, é importante que as mulheres entendam que as medidas são para protegê-las.

Ela explicou que, neste caso, o agressor é comunicado de que não pode se aproximar da mulher, tem o botão do pânico, a lei Maria da Penha, além da possibilidade do agressor ser preso em flagrante, caso descumpra as medidas.

A Lei do Feminicídio, criada em 2015, e define como feminicídio o assassinato de uma mulher cometido por "razões da condição de sexo feminino". 

Em muitos casos, as vítimas estavam passando pelo ciclo da violência doméstica, como violência física, psicológica e financeira.

Pelo site sosmulher.pjc.mt.gov.br, a vítima também pode solicitar a medida protetiva de urgência, sem a necessidade de se deslocar até uma delegacia.

A pena prevista nos casos de feminicídios é de 12 a 30 anos de prisão.