| Crise política na Bolívia causa prejuízos a economia da cidade mato-grossense de Cáceres_0.mp3 |
Jurandir Antonio
O bloqueio na fronteira entre Cáceres, em Mato Grosso, e, San Matias, na Bolívia, já afeta o comércio da cidade mato-grossense.
Os bolivianos, insatisfeitos com a reeleição do presidente Evo Morales, para um quarto mandato, fecharam a estrada que liga as duas cidades. O protesto já dura duas semanas.
Segundo o prefeito de Cáceres, Francis Maris, do PSDB, o município está oferecendo todo apoio necessário aos manifestantes e aos bolivianos que precisam de apoio da administração municipal.
“O bloqueio já está afetando o comércio da cidade. Eles estão proibindo todo mundo de passar pela divisa. Somente ambulâncias atravessam para buscar atendimento nos serviços de saúde. Principalmente partos. Estamos à disposição para o que precisar”, ressaltou Francis Maris.
San Matias é um município pequeno, por isso moradores optam por buscar atendimento de saúde e fazer compras de alimentos e outros produtos em Cáceres.
Os protestos contra o presidente eleito se espalham por todo o país e alguns registram feridos. Contudo, em San Matias a manifestação é pacífica.
A oposição ao presidente Evo Morales acredita que a eleição foi fraudada e iniciaram o protesto, que se alastrou por todas as regiões do país e a cada dia conquista mais simpatizantes.
Segundo o professor e historiador, especialista em política internacional, Alfredo Menezes, das eleições para presidentes nos países da América do Sul, a que mais importante para Mato Grosso é a da Bolívia.
“Com a Bolívia, Mato Grosso tem 900 quilômetros de fronteira, com problemas antigos de tráficos, roubo de carros, entre outras formas de violência, ” destacou Menezes.
O historiador lembrou que, por outro lado, tem um gasoduto da Bolívia até Cuiabá e o estado estabeleceu, recentemente, um acordo direto para vinda de gás que pode abastecer carros, fábricas, termoelétrica e até como gás de cozinha.