Crianças de até 5 anos ficam mais de duas horas por dia em telas

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina

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Um terço das crianças brasileiras de até cinco anos ficam mais de duas horas em telas diariamente, segundo pesquisa realizada em 13 capitais pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Além disso, 35% dos pais ou outros cuidadores acreditam que dar palmadas ou gritar são “medidas necessárias para educá-las”.

O estudo faz parte do projeto Primeira Infância Para Adultos Saudáveis que coletou dados inéditos de crianças entre 0 e 59 meses no País em 2022 e foi divulgado no 10º Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, nesta quarta-feira, em Brasília.

A intenção é a de entender o desenvolvimento infantil das crianças brasileiras para nortear políticas públicas.

Os investimentos nessa faixa etária reduzem riscos de problemas de saúde, de nutrição, de déficits de aprendizagem, e ainda levam a melhores salários na vida adulta e menores dificuldades sociais.

Na pesquisa, 51,5% também disseram que seus bebês de seis 23 meses tinham consumido no dia anterior alimentos ultra processados como bebidas adoçadas, macarrão instantâneo, salgadinho, hambúrguer, embutidos e biscoitos.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças com menos de dois anos não tenham exposição alguma às telas e que até cinco anos o uso seja limitado a um máximo de uma hora por dia.

Relatório deste ano da Unesco também alertou para os riscos da exposição excessiva à tecnologia e mostrou que diversos países já têm proibido celulares em salas de aula.