Criação 'sitio pesqueiro’ na região do lago do Manso gera polêmica na Assembleia Legislativa

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Foto da manchete: reprodução ALMT

Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio - Colaboração Maju Souza

Texto do áudio:

A Assembleia Legislativa discutiu, no início desta semana, a lei estadual que proíbe a pesca na região da barragem do Manso.

A audiência pública reuniu pescadores, pesquisadores, representantes do setor do turismo, além de outros interessados no tema.  

A norma em debate foi aprovada em julho deste ano e cria o Sítio Pesqueiro Estadual do Manso, nos rios Cuiabazinho e Manso.

O texto destina essa área para prática de pesca esportiva, em que a pesca é feita por lazer e os peixes são devolvidos vivos para a natureza. Além disso, a lei autoriza a pesca de subsistência mediante cadastramento dos integrantes das comunidades ribeirinhas em órgão competente.

Segundo o deputado estadual Carlos Avalone, do PSDB, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, muitas das críticas feitas à lei do ‘sítio pesqueiro’, de autoria do presidente da Casa de Leis, Max Russi, do PSB, estão fora de contexto.

 

Sonora – Deputado Carlos Avalone

 

Já o deputado Wilson Santos, também do PSDB, que presidiu a audiência pública, afirmou que a lei restringe a pesca em todo o Rio Cuiabazinho e também numa área de cerca de 90 quilômetros do Rio Manso, atingindo os municípios de Chapada dos Guimarães, Rosário Oeste e Nobres. 

Santos explicou que além de prejudicar os ribeirinhos, há ainda uma dúvida se a Assembleia Legislativa pode legislar sobre um rio federal.

 

Sonora – Deputado Wilson Santos

 

Contrário à lei, o biólogo e professor da UFMT Francisco de Arruda Machado alertou que muitos peixes machucam e morrem pouco depois de serem soltos.

O pesquisador ressaltou que o pesca e solta mata muitos peixes. Pacus muitas vezes têm os olhos perfurados, quando o anzol pega na brânquia o peixe sangra e depois de solto, morre. Quando ele é solto e fica ferido, ele nada se debatendo na água atraindo também piranhas. 

Pesquisadores e pescadores se posicionaram também contra o projeto de instalação de seis pequenas centrais hidrelétricas no Rio Cuiabá. Eles argumentam que isso compromete a pesca na região. 

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