| Cresce o apoio a campanha pela manutenção da elefanta Bambi em Mato Grosso.mp3 |
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Um grupo de entidades brasileiras e internacionais assinaram uma petição, na última semana, e estão promovendo uma campanha 'Bambi fica na Manada' para que a elefanta Bambi permaneça no Santuário de Elefantes do Brasil, que fica no município mato-grossense de Chapada dos Guimarães.
O movimento é uma reação à decisão do promotor do Ministério Público de Ribeirão Preto, em São Paulo, Wanderley Batista da Trindade Júnior, que fez um pedido à 1ª Vara da Fazenda Pública do município para que a elefanta seja devolvida ao zoológico da cidade.
Segundo o promotor, a elefanta estava sendo bem tratada em Ribeirão e que o bicho faz parte do patrimônio público da cidade.
“É de interesse da população de Ribeirão Preto e da região metropolitana a permanência da elefanta no zoológico Fábio Barreto”, escreveu Trindade no despacho.
Ongs e ambientalistas condenaram o posicionamento do representante do Ministério Público.
"O que questionamos é que o promotor está tratando a elefanta como coisa. Os animais não são meros bens ambientais. Estamos muito otimistas para a permanência da Bambi", ressaltou o voluntário da ONG Olhar Animal, Maurício Varalho.
Na petição, os ambientalistas e voluntários de ONGs ressaltam que Bambi deve ser detentora de direitos que a protejam "como um ser senciente não humano, ou seja, direitos que protejam seus interesses, devendo ser aplicado a todos os animais".
Bambi é a sétima moradora do Santuário de Elefantes do Brasil. Guida e Maia foram os primeiros elefantes do santuário e chegaram em Mato Grosso em outubro de 2016.
Duas elefantas morreram no ano passado. Guida e Ramba.
Bambi, tem 58 anos e chegou no santuário de Elefantes de Chapada dos Guimarães, no dia 26 de setembro do ano passado. Ela pesa mais de três toneladas e meia, é cega do olho esquerdo e tem problemas na mandíbula.
Em Mato Grosso, Bambi mora com Lady, Maia, Mara e Rana.