CPI da sonegação de impostos e das renúncias fiscais convoca Silval Barbosa, doleiro e presidente da Amaggi para depor.mp3 |
Da redação: Jurandir Antonio- Voz: Vinícius Antônio
A CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, da Assembleia Legislativa que investiga a suspeita de sonegação de impostos e renúncias fiscais indevidas aprovou a convocação do ex-governador Silval Barbosa, do doleiro e delator da Lava Jato Lúcio Funaro e do presidente do Grupo Amaggi, Judynei Carvalho.
A convocação do ex-governador Silval Barbosa deve esclarecer detalhes de crimes de sonegação fiscal cometidos no período de 2009 a 2014 em Mato Grosso.
Primeiro ex-governador do país a firmar um termo de colaboração premiada para contribuir com a Justiça em troca de redução de pena em processo criminal, Silval Barbosa confessou perante o poder Judiciário que recebeu propina juntamente com secretários de Estado à época para favorecer empresas privadas com incentivos fiscais.
Uma decisão conjunta tomada pelos deputados Wilson Santos, do PSDB, Max Russi, do PSB, e Ondanir Bortolini, o Nininho, do PR, resultou na convocação do doleiro e delator da Lava Jato Lúcio Funaro.
Já o presidente da Amaggi, Judynei Carvalho, foi convocado para explicar porque o grupo empresarial não paga o FETHAB, Fundo Estadual de Transporte e Habitação.
Trata-se de uma cobrança que incide no setor produtivo e é destinado aos cofres públicos, sendo atualmente a principal fonte de recursos do Executivo para investimentos em infraestrutura e habitação nos 141 municípios de Mato Grosso.
O presidente da CPI, deputado Wilson Santos, considera as oitivas necessárias para, ao final, ser apresentado um relatório consistente com atribuições de melhorias.
“Não estamos promovendo caça às bruxas ou patrocinando perseguição. Pelo contrário, estamos produzindo um trabalho com caráter técnico para fortalecer a arrecadação de Mato Grosso”, disse.
A CPI da sonegação de impostos e das renúncias fiscais é composta ainda pelos deputados Carlos Avalone, Nininho, Max Russi e Janaína Riva.