Com 20 votos, Câmara de Cuiabá cassa o mandato da vereadora petista Edna Sampaio

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Foto da manchete: João Vieira

Por Jurandir Antônio - Voz: Enéas Jacobina

Texto do áudio:

Com 20 votos favoráveis e cinco ausências, a Câmara de Cuiabá decidiu, na sessão extraordinária realizada na véspera do feriado de Nossa Senhora Aparecida, cassar o mandato da vereadora Edna Sampaio, do PT.

Ela era investigada pela Comissão de Ética do legislativo cuiabano por um suposto esquema de 'rachadinha' com sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha de Oliveira Abreu.

A ex-servidora teria transferido 20 mil reais de sua Verba Indenizatória para uma conta corrente da vereadora.

Edna Sampaio não participou da sessão e nem apresentou sua defesa no processo de cassação na sessão extraordinária, por considerá-la “ilegal”.

Desde o começo do processo de cassação, a petista alega inocência e se diz vítima de uma “perseguição”, por ser “uma mulher preta e petista”.

A defesa da parlamentar alega que o processo é ilegal e poderá ser anulado.

Já o presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000, do PL, afirmou que dará posse ao suplente de vereador de Edna Sampaio, o professor Robinson Cireia, também do PT.

Cireia acredita que a decisão de cassação pode ser revertida pela Justiça. 

Antes de Edna Sampaio, outros seis vereadores perderam o mandato na Câmara da capital.

Os outros foram: Deucimar Silva, em 2008, Ralf Leite e Lutero Ponce, em 2009, João Emanuel, em 2014, Abílio Júnior, em 2020, e o tenente-coronel Marcos Paccola, em cinco de outubro de 2022.

Paccola perdeu o mandato por ter matado com três tiros nas costas o agente socioeducativo Alexandre Miyaggawa, no dia 1° de julho do ano passado.