Avanço dos casos de dengue pode prejudicar tratamento de pessoas com câncer, alerta especialista

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Foto da manchete:  Reprodução Web

Por Jurandir Antônio - Voz: Elaine Coimbra

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Cerca de sete mil casos de dengue foram registrados apenas nos dois primeiros meses do ano em Mato Grosso, fator que tem mantido autoridades e médicos em alerta.

Segundo o oncologista André Crepaldi, a preocupação é ainda maior quando se pensa em pacientes oncológicos infectados, visto que eles possuem a imunidade mais baixa, o que pode acarretar danos mais graves.

O médico explica ainda que além da dengue, infecções como zika e chikungunya, todas transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, também podem interferir no tratamento oncológico, já que têm o potencial de atrasar, adiar ou temporariamente interromper a quimioterapia e radioterapia.

Além disso, o especialista ressaltou que pacientes com câncer contam ainda com a característica de ter maiores chances de desenvolver a dengue na forma mais grave, especialmente aqueles que têm mais de 60 anos e apresentam comorbidades como diabetes, hipertensão arterial, cardiopatia, doença renal ou pulmonar crônica.

André Crepaldi relata ainda que é crucial que pacientes oncológicos adotem medidas preventivas rigorosas para evitar a picada do mosquito transmissor da doença.

O que inclui o uso de repelentes e roupas que cubram a maior parte do corpo, especialmente durante o amanhecer e entardecer.