| Aumento nos preços da carne bovina assusta consumidores. Alguns cortes subiram quase 40%.mp3 |
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
O preço do quilo da carne bovina teve aumento em todos os cortes e o consumidor final tem sentido o impacto financeiro, principalmente, durante a pandemia da Covid-19.
O corte que mais aumentou, entre fevereiro de 2020 e fevereiro deste ano, foi o coxão duro, que encareceu 38,64% nesse período, segundo dados do Imea, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
De acordo com boletim divulgado pelo Instituto esta semana, o quilo do coxão duro custava cerca de 25 reais em fevereiro do ano passado. Já neste mês o preço médio aplicado é de quase 34 mil reais.
O segundo corte com maior aumento foi o lagarto. A carne, que custava 24 reais e 75 centavos, passou a ser comercializada a quase 33 reais, o correspondente a um aumento de 32,59%.
Em seguida, na lista dos cortes que mais tiveram alta, está o acém e o patinho, com alta acima de 31%.
Com aumento de 26% estão: fraldinha, coxão mole, cupim, costela e paleta.
A alta é motivada por diversos fatores, mas, principalmente, pelo que acontece no campo.
Em Mato Grosso, a arroba do boi está cotada a 266 reais, cerca de 55% a mais que no mesmo período do ano passado.
Outro fator foi a valorização do dólar em relação ao real. Com essa alta, os produtores estão preferindo vender carne para outros países, especialmente para a China, principal compradora do país.
Também está mais caro engordar o animal. A ração também teve aumento, o que, mais uma vez, contribuiu para o reajuste no valor da carne.
A seca prolongada e o abate alto de fêmeas contribuíram para que 2021 também começasse com a menor oferta de bois.
A estimativa é que entre o final de março e início de abril a oferta de animais para o abate aumente. Com isso, os preços da arroba do boi devem ficar mais estáveis.