Assembleia Legislativa cria comissão que pode pedir a cassação do mandato de Cattani

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Foto da manchete: Assessoria

Por: Jurandir Antônio – Voz: Enéas Jacobina

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Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho, do União Brasil, definiu, nesta segunda-feira, os nomes dos cinco deputados que vão compor a Comissão de Ética que vai julgar o deputado Gilberto Cattani, do PL, por quebra de decoro parlamentar.

São eles: Janaina Riva, do MDB, como presidente; Max Russi, PSB, como corregedor; Júlio Campos, do União Brasil, corregedor substituto; Wilson Santos, PSD,  e Elizeu Nascimento, do PL, os dois como membros.

Botelho seguiu as indicações dos nomes feitos pelas cinco lideranças dos blocos. 

O grupo foi criado após a Mesa Diretora aprovar um requerimento da Ordem dos Advogados do Brasil e outro da Defensória Pública, que acusam Cattani de misoginia ao comparar mulheres a vacas, em declarações em comissão e em vídeos. 

O processo por quebra de decoro pode levar a sanções disciplinares e até a cassação do mandato do parlamentar.

No documento da homologação, Botelho deu um mês para que o corregedor Max Russi, bem como o corregedor-substituto Júlio Campos, finalizem os trabalhos.

A polêmica envolvendo o deputado bolsonarista começou em meados de maio, durante a instalação da Frente Parlamentar Contra o Aborto, que ele preside.

Na ocasião, ele comparou a gestação de mulheres com a de vacas.

Depois, Cattani pousou num vídeo ao lado da esposa que aparecia mugindo, como forma de desqualificar as críticas que ele recebeu pela fala desrespeitosa.

E logo em seguida o deputado apareceu em um vídeo pedindo desculpas às vacas por compará-las com mulheres.

Após o fato ganhar repercussão, ele gravou um vídeo com a esposa mugindo e enviou em um grupo de WhatsApp dos deputados estaduais.

Dias depois, um vídeo em que o deputado pediu desculpas para as vacas por compará-las com “mulheres feministas” circulou nas redes.