Aneel quer mudar o sistema de compensação de crédito para quem usa a energia solar e pode frear crescimento do setor

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Jurandir Antonio

Mato Grosso é o quarto estado que mais produz energia solar no país. Só perde para São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

 

A cada dia mais pessoas estão adotando o sistema em Cuiabá, onde o sol é abundante.

 

Uma fábrica de estofados, que tem 120 funcionários e vende para o Brasil inteiro, optou pela energia solar. Antes, a conta de energia na empresa chegava a 20 mil reais por mês, porque são várias máquinas ligadas o tempo todo.

 

Há três meses, o empresário investiu 500 mil reais na instalação de placas solares. Agora, a conta de luz caiu para três mil reais.

 

"É um investimento seguro, a longo prazo, desde que se mantenha a legislação atual", afirmou o empresário Ayres dos Santos.

 

Atualmente, o consumidor produz a energia e o que ele não usa é destinado à rede da concessionária para que ele use depois, ficando com um crédito com a empresa. Hoje o crédito é todo do consumidor.

 

Mas, agora o setor está apreensivo com as mudanças que a Aneel quer fazer. O governo quer cobrar impostos dessa produção a mais e isso reduziria o crédito a menos da metade.

 

Desde o início deste ano, a Energisa registrou um aumento de 200% nos pedidos de análises de projetos para a inclusão de geração solar na rede de distribuição.

 

No entanto, esse crescimento está ameaçado porque a Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica quer fazer alterações no sistema de compensação de crédito para quem usa a energia solar. Isso pode reduzir em mais de 60% a economia do cidadão que investe em energia renovável.

 

Um empresário que está nesse ramo há cinco anos acredita que, se a medida for instituída, o impacto será muito grande.

 

Em Mato Grosso, existem 130 empresas que trabalham no setor, que geram mais de três mil e 700 empregos diretos.

 

"Vai ter uma redução drástica e vai demorar muito para chegar ao patamar que estamos hoje ", avaliou o empresário Nelson Tinoco.

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