AL aprova Decreto Legislativo e derruba decisão que mandou Estado cobrar ICMS da energia solar

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Foto da manchete: Angelo Varela | ALMT

Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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Por unanimidade, a Assembleia Legislativa aprovou um Decreto Legislativo que suspende a decisão monocrática do conselheiro do TCE, Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Valter Albano, que mandava o governador Mauro Mendes continuar cobrado o ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, das unidades com energia solar pelo uso do sistema de distribuição.

 

A aprovação ocorreu durante sessão extraordinária desta segunda-feira. A segunda votação e redação final também ocorreram no início desta tarde.
A votação seguiu parecer favorável da Comissão de Fiscalização e Controle, proferido pelo relator, deputado Carlos Avallone, do PSDB.

 

“Nós não concordamos com essa posição. A Assembleia Legislativa vem tomar uma decisão em sentido contrário”, diz um trecho do voto do relator.

Para manter a isenção até 2027, os deputados aprovaram projeto de lei, que acabou sendo vetado pelo governador Mauro Mendes. Em 30 de junho, no entanto, a Assembleia derrubou o veto de Mendes e manteve a isenção.


A decisão de Albano foi proferida resposta ao requerimento feito pelo Ministério Público de Contas, argumentando que a isenção deveria ter sido autorizada pelo Confaz e que a norma é inconstitucional.


Ao analisar o pedido o conselheiro Valter Albano citou que isenções do ICMS só podem ocorrer por meio de convênios, e que compete ao Confaz celebrar convênios para a concessão ou revogação de isenções.

 

Ele afirmou que, portanto, sem autorização do Confaz nenhum Estado pode isentar o ICMS incidente sobre o uso do sistema de distribuição por energia fotovoltaica injetada na rede.

Já o presidente do TCE, conselheiro Guilherme Maluf, ao comentar a decisão da Assembleia Legislativa, reafirmou que respeita e defende a independência e harmonia entre os Poderes.

Em relação a edição do Decreto Legislativo pela Assembleia, o conselheiro presidente ressaltou que respeita a atuação do parlamento e vai aguardar a análise da Consultoria Jurídica Geral do TCE para decidir o encaminhamento a ser tomado.

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