VIGILÂNCIA. Indea capacita agrônomos para prevenir entrada de pragas ausentes em Mato Grosso

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Foto da manchete: Assessoria Indea

Por Jurandir Antonio – Voz: Eneas Jacobina

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O Indea, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, capacita mais de 100 engenheiros agrônomos, integrantes da autarquia, para reforçar as ações de vigilância e impedir a entrada de pragas quarentenárias que não ocorrem em Mato Grosso, mas que estão presentes em estados próximos.

A capacitação, que começou na última segunda-feira e termina nesta quinta-feira, está sendo realizada no auditório do Fundo Mato-grossense de Apoio à Cultura da Semente, no Centro Político-Administrativo, em Cuiabá.

Entre as pragas que o Indea tem como foco preventivo, estão a “vassoura-de-bruxa”, que dizima plantações de mandioca e, atualmente, está presente no Amapá; a “monilíase do cacaueiro”, praga que afeta a cultura do cacau e do cupuaçu, com presença confirmada no Amazonas.

Tem também a “fusariose da bananeira”, fungo de solo de rápida disseminação e agressividade, bastante presente na região Sudeste, além das pragas “mosca-da-carambola” e “greening”, doença que dizima pomares cítricos, como os de limão e laranja. 

O diretor técnico do Indea, Renan Tomazele, lembrou que o custo para prevenir é muito menor do que para se controlar e erradicar pragas.

Tomazele explica que a entrada de pragas pode acontecer via trânsito de pessoas, animais e mercadorias, por meio do transporte de plantas, frutos ou sementes infestadas.

Segundo ele, um dos desafios das equipes responsáveis por impedir a entrada de pragas quarentenárias é a grande extensão territorial de Mato Grosso, que faz fronteira com seis estados brasileiros e com a Bolívia.

Renan Tomazele disse ainda que as equipes do Indea atuam de forma vigilante, 24 horas por dia, acompanhando esse trânsito de sementes, máquinas e demais produtos, justamente para impedir que pragas de outros lugares entrem aqui e causem ameaça à agricultura mato-grossense.

O treinamento, organizado pela Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal, reúne especialistas do Ministério da Agricultura e Pecuária e de órgãos estaduais de defesa agropecuária de diferentes regiões do país.