Uma em cada seis pessoas no mundo é afetada pela solidão, diz OMS

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Foto da manchete: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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Um relatório da Comissão sobre Conexão Social da OMS, Organização Mundial da Saúde, indica que uma em cada seis pessoas no mundo é afetada pela solidão, com impactos significativos na saúde e no bem-estar. 

A solidão está associada a cerca de 100 mortes por hora, mais de 871 mil mortes todos os anos, diz a pesquisa. 

A OMS define conexão social como maneiras pelas quais as pessoas se relacionam e interagem entre si.

Já a solidão é descrita como sentimento doloroso que surge da lacuna entre as redes sociais desejadas e as reais.

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, nesta era em que as possibilidades de conexão são infinitas, cada vez mais pessoas se sentem isoladas e solitárias.

O diretor da organização disse ainda que além dos impactos que causam em indivíduos, famílias e comunidades, se não forem enfrentados, a solidão e o isolamento social continuarão custando bilhões à sociedade em termos de saúde, educação e emprego.

De acordo com o relatório, a solidão afeta, sobretudo, jovens e pessoas que vivem em países de baixa e média renda.

Entre 17% e 21% dos jovens de 13 a 29 anos dizem se sentir solitários, com as taxas mais altas entre adolescentes. 

A solidão e o isolamento social, segundo a OMS, têm múltiplas causas, incluindo saúde precária, baixa renda, baixa escolaridade, viver só, políticas públicas ausentes ou ineficazes e infraestrutura comunitária envolvente, além da influência de tecnologias digitais. 

O relatório, por exemplo, para a necessidade de vigilância quanto aos efeitos do tempo excessivo de tela ou de interações online negativas sobre a saúde mental e o bem-estar dos jovens.