UFMT desenvolve curativo de borracha natural com babosa e própolis para tratar queimaduras

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Foto da manchete: Reginaldo dos Santos/EPTV

Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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Uma pesquisa desenvolvida pela UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, Campus do Araguaia, para produzir um curativo para queimaduras à base de borracha natural, com babosa e própolis, recebeu financiamento da Fapemat, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso.  

O projeto está em fase experimental, mas tem potencial de melhorar e diminuir os custos do tratamento, além de unir o melhor dos três, borracha natural, própolis e babosa.

Queimaduras que precisam de acompanhamento médico são, geralmente, ferimentos com uma extensão e profundidade considerável, o que as tornam vulneráveis a infecções e exige uma manutenção mais trabalhosa que um corte, por exemplo, que tem a vantagem de poder receber pontos para auxiliar na cicatrização.

Assim, o tratamento desses ferimentos deve incluir três funções: controlar o crescimento bacteriano, remover o tecido necrosado e estimular o crescimento do novo tecido.

Atualmente isso é feito em etapas separadas, o que, de acordo com uma das responsáveis pelo projeto, a pesquisadora de pós-doutorado Loyane Almeida, limita a eficácia do tratamento.

“Ao produzir as membranas de borracha natural que estudamos podemos acrescentar diferentes compostos medicinais, como os presentes na babosa e na própolis, que vão tratar os ferimentos de forma mais ampla, contribuindo para diminuir a frequência na troca de curativos do paciente”, explicou a pesquisadora.

Pode parecer receita caseira, mas a babosa e o própolis são remédios com um forte lastro científico e de saberes populares. 

Isso porque a babosa é um fitoterápico com ação anti-inflamatórias, imunomoduladoras, que favorece o crescimento de vasos sanguíneos e restauração da pele.

“A própolis, por sua vez, tem capacidade antioxidante, anti-inflamatória, analgésica, antibacteriana e antifúngica.

Além disso, no processo de cicatrização, ela tem se indicado promissora devido à capacidade de aumentar a proliferação, ativação e crescimento das células da pele e estimular a expressão de colágeno”, segundo relato dos estudiosos.

Além disso, a própria borracha natural é capaz de estimular células e fatores específicos envolvidos na cicatrização, como a angiogênese, processo de formação de novos vasos sanguíneos para nutrição e reparo da região da queimadura.

A pesquisa é supervisionada pela professora Paula Cristina Souza Souto, da UFMT Campus do Araguaia, que também é responsável pelo projeto.

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