Turismo tem prejuízo de mais de R$ 65 bilhões até fevereiro deste ano

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Por Beatriz Albuquerque - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

Israel, Jordânia e Egito. Esses eram alguns dos destinos que a família da Auria Ferreira tinha nos planos de viagem para 2020. Tudo foi cancelado. Ela acredita que a pandemia de covid-19 teve um impacto muito grande no turismo. 

E a Auria está certa. Uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que, até fevereiro deste ano, o setor de turismo amargou um prejuízo de mais de R$ 65 bilhões. O resultado é 38% menor do que o ciclo anterior, entre março de 2019 e fevereiro 2020. Isso significa que, em meio à pandemia, o setor perdeu mais de um terço do tamanho.

As piores perdas foram no segundo trimestre de 2020, quando o turismo nacional chegou a encolher pela metade. Depois disso, as quedas tiveram patamares menores, mas o setor continuou no vermelho. O menor prejuízo registrado ocorreu em dezembro do ano passado, quando a perda no faturamento foi de cerca de 28% se comparado ao mesmo mês do ano anterior.

O setor aéreo teve o desempenho mais negativo do período, perdendo mais da metade do faturamento. Depois das companhias aéreas, os serviços de alimentação e alojamento, como hotéis e pousadas, registraram a maior queda no faturamento desde o começo da crise da covid-19: 41,1%. 

As atividades culturais, recreativas e esportivas também apresentaram queda na casa dos 32%. 

Mas nem só de histórias tristes vive essa crise. Bianca Pereira criou uma startup que organiza viagens corporativas do começo ao fim. A iniciativa começou a funcionar bem no começo da pandemia e hoje registra um crescimento enorme. Mesmo com a queda no setor de turismo, Bianca diz que, como a empresa reduz custos para os clientes, teve um ótimo desempenho nesse período. 

O estudo da FecomercioSP é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços com dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Edição: Sâmia Mendes/ Renata Batista

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