Taxa de desemprego é a mais alta no trimestre desde 2012

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Por Tamara Freire - Rio de Janeiro

A taxa de desemprego ficou em 14,1% no trimestre encerrado em novembro do ano passado, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE. Isso significa 14 milhões de brasileiros sem trabalho. A porcentagem é a mais alta para esse trimestre desde 2012, mas com relação ao trimestre anterior encerrado em agosto, houve uma ligeira queda de 0,3%, o que o IBGE considera um cenário de estabilidade. 

Já com relação aos números de novembro do ano passado, a alta foi de 2,9 pontos percentuais. Apesar de alguns dados sinalizarem para uma trajetória de retomada, ainda há muitas perdas para se recuperar. O número de pessoas ocupadas, por exemplo, aumentou 4,8%, na comparação com agosto, chegando a 85,6 milhões de pessoas. São quase 4 milhões a mais do que trimestre anterior.

No entanto, a analista da pesquisa Adriana Beringuy, explica que o saldo em um cenário mais amplo ainda é bastante negativo

O aumento da ocupação atingiu 9 dos 10 grupos de atividades pesquisados, e foi mais intenso no comércio e na construção. O nível de ocupação também subiu para 48,6% da população brasileira. Mas isso significa que menos metade das pessoas com mais de 14 anos estavam ocupadas, um patamar alcançado no início da pandemia, de onde o país ainda não conseguiu sair.

A maior parte dos trabalhadores foi absorvida pelo mercado informal que respondeu por 62% do aumento na ocupação total. Se de maneira geral o crescimento foi de 4,8%, na informalidade, essa alta foi de 7,9%. Com isso, em novembro, a taxa de informalidade chegou a 39,1%, o que significa que 33,5 milhões de trabalhadores que não tem carteira assinada, trabalham por conta própria, ou são empresários, mas sem CNPJ.

A analista do IBGE ressalta que houve um aumento com relação a agosto, mas um recuo com relação ao recorde de quase 39 milhões de pessoas alcançado em novembro do ano passado

Já o número de empregados do setor privado com carteira assinada ficou em cerca de 30 milhões, mesmo após o aumento de 3,1%. O IBGE também identificou que a quantidade de desalentados, as pessoas sem trabalho e que desistiram de encontrar uma ocupação, chegou a 5,7 milhões de pessoas em novembro. Isso significa uma estabilidade com relação a agosto, mas um aumento de 1 milhão de pessoas com relação ao ano passado.

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