04 RITMO FORTE. Abate de bovinos, suínos e frangos cresceram no 1º trimestre de 2025.mp3 |
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Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
Dados da Pesquisa Trimestral do IBGE revelam crescimento no abate de bovinos, suínos e frangos no primeiro trimestre, direcionando o setor em meio aos desafios de custos e clima adverso no campo.
Entre janeiro e março, o abate de bovinos somou quase 10 milhões de cabeças, um aumento de 3,8% na comparação anual.
A produção de carcaças também subiu, totalizando quase dois milhões e meio de toneladas, avanço de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024.
Mesmo com a leve retração frente ao último trimestre do ano passado, o resultado reforça o reaquecimento da pecuária de corte, após longo ciclo de baixa nos preços e desalento entre os criadores.
O sinal positivo reflete ajustes na oferta, melhora gradual da arroba e reabertura de canais de exportação, principalmente para a Ásia.
O movimento também evidencia o encerramento da fase de descarte e reposição de plantel, típica da fase final do ciclo pecuário.
A suinocultura registrou mais de 14 milhões de cabeças abatidas, com incremento de 1,4% frente ao primeiro trimestre de 2024.
A produção de carcaças acompanhou o ritmo, alcançando cerca de um milhão e 300 mil toneladas, alta de 1,9% no comparativo anual.
Apesar da estabilidade frente ao trimestre anterior, os números indicam capacidade de ocorrência do setor, que teve margens pressionadas por insumos caros e menor poder de compra do consumidor.
A exportação segue como ponto de equilíbrio, especialmente para destinos como Filipinas, Vietnã e Hong Kong.
A avicultura industrial segue com desempenho sólido.
O volume batido no trimestre chegou a um bilhão, seiscentos e trinta milhões de aves, alta de 2,3% na comparação anual.
O peso total das carcaças foi de quase três milhões e meio de toneladas, repetindo o mesmo percentual de crescimento.
Além da estabilidade de produção, o setor se beneficia de sua competitividade: o frango permanece como proteína mais acessível no mercado interno e é protagonista na balança comercial, com destaque para mercados como Japão, Emirados Árabes e México.