| Reitor diz que cortes no orçamento da UFMT mostram desprezo do governo pela educação.mp3 |
Foto da manchete: Willian Gomes | UFMT
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
A UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, está estudando como manter suas atividades em pleno funcionamento após o anúncio do corte de 21,2% de seu orçamento, determinado pelo MEC, Ministério da Educação, na última semana.
Segundo o reitor da UFMT, professor Evandro Soares, a medida é um ataque à ciência e à educação com o corte de mais de 13 milhões de reais do orçamento da universidade.
O MEC, Ministério da Educação, disse que o bloqueio de recursos em todo o país é na ordem de três bilhões e 200 milhões de reais, sob a justificativa de atender ao teto de gastos públicos.
O reitor disse ainda que o corte de 21% no custeio da UFMT é absurdo. Ele classificou a decisão do governo federal como um ataque direto às instituições de ensino superior, à ciência, à tecnologia, ao desenvolvimento científico.
Evandro Soares ressaltou que o corte mostra que não há nenhum apreço pela universidade, pelo desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, artístico e pela geração do conhecimento.
O reitor explicou que o impacto do corte de recursos no orçamento e finanças da UFMT é direto. Segundo ele, vai ser impossível, por exemplo, ampliar ações na área de limpeza, segurança, comprar novos equipamentos.
Soares alertou que a ampliação da assistência estudantil está comprometida com essa redução dos recursos orçamentários. A implantação de programa de inclusão de estudantes quilombolas, por exemplo, agora é incerta, lamentou o reitor.
De acordo com ele, a UFMT deve priorizar o pagamento de despesas como luz, água, telefone e outras essenciais como segurança e limpeza.
O reitor garantiu que serviços, como do Restaurante Universitário, que serve refeições a dois reais e 50 centavos aos estudantes, serão mantidos.