Raquel Dodge mantém cassação de Selma Arruda. Pede o afastamento imediato da senadora e determina a realização de novas eleições para o senado em Mato Grosso

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Da redação: Jurandir Antônio

A procuradora geral da República, Raquel Dodge, emitiu parecer favorável à manutenção da cassação e o afastamento imediato da senadora Selma Arruda, do PSL, com a realização de novas eleições para o cargo de senador de Mato Grosso, tão logo publicado o acórdão, independente da oposição de eventuais embargos de declaração.

Selma foi cassada por unanimidade no Tribunal Regional Eleitoral, TRE de Mato Grosso, por uso de caixa 2, gastos ilícitos de recursos e abuso de poder econômico nas eleições de 2018.

Dodge manifestou ainda pelo desprovimento dos recursos interpostos por Selma e seus suplentes Gilberto Possamai e Clérie Fabiana Mendes, bem como o diretório nacional do PSL, que pedia a manutenção da parlamentar até todos os tramites no TSE, inclusive interposições de embargos.

A procuradora também foi contra o pedido do terceiro colocado nas eleições de 2018 para o cargo de senador.  Carlos Favaro, do PSD, pediu para assumir a vaga até a realização das novas eleições, para evitar que Mato Grosso ficasse desfalcado no Senado.

De acordo com Dodge, a necessidade de recomposição da representatividade do Estado no Senado foi observada pelo TRE de Mato Grosso, ao determinar a realização de um novo pleito eleitoral para o cargo.

Raquel Dodge explicou que a solicitação de Fávaro não tem amparo na Constituição Federal ou em qualquer outra legislação.

“Não há um dispositivo legal sequer prevendo ou autorizando a substituição de Senador por candidato remanescente de maior votação nominal” reforçou a procuradora.

Conforme Raquel Dogde, Selma e seus suplentes contaram com uma campanha paralela não contabilizada, em montante financeiro expressivo e muito próximo ao da campanha oficial.

“Nesse contexto, forçoso concluir que essa conduta comprometeu a normalidade e a legitimidade do pleito, gerando desequilíbrio na disputa” sentenciou a procuradora geral.

O processo agora segue para o plenário do TSE, Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é de que o processo entre na pauta ainda este ano. Caso o parecer do Ministério Público seja acatado, uma nova eleição pode ser realizada até dezembro. 

 

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