| Procon de Mato Grosso adere a campanha nacional de combate ao empréstimo abusivo.mp3 |
Jurandir Antonio - Da redação
Em comemoração ao dia do Idoso, celebrado neste dia primeiro de outubro, os Procons de todo Brasil lançaram a campanha o Dia D do Combate ao Empréstimo Abusivo.
Isso porque idosos e aposentados compõem o grupo de consumidores vulneráveis ao assédio de bancos e empresas de crédito que oferecem empréstimo fácil com contratos irregulares e abusivos.
Trata-se de uma ação orientativa nacional que, em Mato Grosso, conta com apoio do Procon estadual e dos órgãos de defesa do consumidor municipais.
O objetivo é alertar e conscientizar este público sobre os riscos de fazer empréstimos, bem como orientar esse grupo de consumidores a ficar atento aos contratos assinados, ofertas por telefone e como proceder em caso de irregularidades.
Pessoas acima de 60 anos já representam praticamente 24% do público atendido presencialmente pelo Procon de Mato Grosso em 2019.
Entre os problemas reclamados estão os empréstimos e o chamado “cartão de crédito consignado”, que é um cartão de crédito cujo valor mínimo da fatura é descontado diretamente do salário líquido ou benefício do INSS.
Sobre essa modalidade de crédito, o Procon mato-grossense alerta idosos, aposentados e servidores públicos, que são os principais alvos do cartão de crédito consignado, a ficarem atentos.
De acordo com a coordenadora de Educação para o Consumo do Procon, Cristiane Vaz, o que se observa nos contratos que chegam ao órgão são juros fora da média, falta de informação ao consumidor, parcelamentos que não condizem com a realidade.
“São práticas abusivas que se aproveitam da desinformação do consumidor e até mesmo de situações como desemprego ou casos de doença na família”, alertou Cristiane.
A consequência é o superendividamento, um fenômeno social, jurídico e econômico caracterizado pela impossibilidade do consumidor de pagar suas dívidas em prejuízo do seu sustento e de sua família.
“É um problema que transcende a pessoa do endividado. Acaba tendo consequências graves para toda a família, como depressão, divórcio, exclusão social”, afirmou a coordenadora do Procon.