08 Pressão do setor produtivo faz Comissão Europeia recuar na execução da lei antidesmatamento.mp3 |
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Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti
Texto do áudio:
A Comissão Europeia solicitou, na última quarta-feira, o adiamento da execução da lei antidesmatamento por pelo menos um ano.
O pedido foi feito após pressão de países exportadores de produtos agropecuários, como o Brasil.
Além disso, a Comissão publicou documentos com diretrizes e orientações para o cumprimento das regras, bem como os princípios da metodologia que será aplicada para classificar o risco dos países que vão exportar sua produção para a União Europeia.
Para a Famato, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, o anúncio traz tranquilidade aos produtores que já sofrem com outro embargo europeu: a moratória da soja.
De acordo com o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, a lei proposta pela Comissão Europeia é um insulto à soberania brasileira.
Segundo Tomain, os produtores do Bioma Amazônia já enfrentam desafios significativos devido a esse acordo, que afeta diretamente a comercialização da soja na região, e essa lei antidesmatamento traria prejuízos ainda maiores.
O presidente da Famato afirmou ainda que a Europa precisa reconhecer que os produtores mato-grossenses são os mais comprometidos com a preservação ambiental, e os números provam isso.
Ele lembrou que em Mato Grosso, 62% da área permanece totalmente preservada seguindo rigorosamente o Código Florestal Brasileiro, um dos mais rígidos do mundo.
Se aprovada pelo Parlamento e pelo Conselho Europeu, a lei prevê a proibição da importação de commodities produzidas em áreas desmatadas após 2020, mesmo que a abertura das áreas tenha sido feita de forma legal.