Pressão de inseto capaz de destruir 90% das lavouras de algodão será maior na próxima safra

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Foto da manchete: Divulgação FMC

Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti

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O monitoramento digital de pragas feito pela FMC abrange mais de 6 milhões de hectares de lavouras brasileiras. Em levantamento recente, a ferramenta detectou aumento na pressão de Spodoptera frugiperda em todas as regiões analisadas nesta safra 24/25, assim como do bicudo-do-algodoeiro, no Cerrado.

“Com mais de 3 mil armadilhas espalhadas pelo Brasil, recentemente, observamos um pico de até seis mariposas por dia por armadilha, sendo que na safra 2022/23, no mesmo período, o máximo identificado era de dois insetos”, revelou o gerente de agricultura de precisão da empresa Piero Castro.

De acordo com ele, essa informação confirma a tendência do aumento da pressão da Spodoptera entre outubro e dezembro, período com altas temperaturas, chuvas e de início da safra.

Outro dado importante monitorado pela ferramenta da FMC foi o aumento do bicudo-do-algodoeiro no Cerrado.

Esse inseto é capaz de dizimar até 90% de uma área de plantio e as armadilhas demonstraram que nesta safra 24/25, a pressão já está maior do que a do ano anterior e a tendência, caso o manejo não seja efetivo nesse período, é aumentar ainda mais em novembro”, diz Castro.

O gerente lembra que a proliferação desse inseto é intensa e um único casal pode gerar milhões de descendentes do início ao final da safra.

Para abranger a identificação de pressão dessas e outras pragas no território brasileiro agrícola, o gerente conta que o monitoramento digital da empresa foi expandido nos estados de Mato Grosso, nas regiões do Vale do Araguaia e BR-163, Maranhão, Tocantins, Piauí e São Paulo.