Pouca chuva faz Mato Grosso do Sul decretar emergência ambiental

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Foto da manchete:  Reprodução Web

Por Gabriel Correa - repórter da Rádio Nacional - São Luís

Edição: Paula de Castro / Fran de Paula

O Governo do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência ambiental por causa das chuvas abaixo da média, desde dezembro. A situação torna os três biomas do Estado - Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica - mais suscetíveis a incêndios florestais.  

De acordo com o INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Mato Grosso do Sul já é o segundo Estado brasileiro com maior aumento de queimadas na comparação com o ano passado. Uma diferença de 171% de janeiro até esta semana. Nesse quesito, o Estado da região Centro-Oeste só fica atrás de Roraima.

O decreto de emergência ambiental foi assinado, nessa terça-feira (9), pelo governador Eduardo Riedel, que explicou que colocou à disposição duas aeronaves três helicópteros, além de R$ 25 milhões, colocados preventivamente para compra de material.

Também foi lançada a campanha anual de prevenção e combate a incêndios florestais. O Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul tem mais de 300 bombeiros especializados nesse tipo de incêndio. Na semana passada, bombeiros de Campo Grande e Corumbá realizaram atividades de educação ambiental e prevenção em comunidades tradicionais, propriedades rurais e parques estaduais no Pantanal. Por causa do alerta climático, essas atividades foram antecipadas em um mês.

O plano de ações para a temporada de incêndios, a "Operação Pantanal", entra agora em uma segunda fase, focada em estratégias de preparação, de acordo com Frederico Reis, comandante dos Bombeiros.

“As nossas guarnições estão na região do Pantanal, fazendo a proteção, a limpeza das pontes, pra quando chegar fase de resposta, que é o fogo propriamente dito, esses danos sejam minimizados”, detalhou.

As duas primeiras bases avançadas dos Bombeiros serão instaladas às margens dos rios Paraguai e São Lourenço, na divisa com o Mato Grosso. Com base na série histórica de dados do Inpe, o período entre julho e novembro é o com maior registro de queimadas no Mato Grosso do Sul.