| Poder Judiciário conversa com empresários de Cuiabá para incentivar a contratação de reeducandos.mp3 |
Foto da manchete: reprodução da internet
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
As vantagens econômicas, trabalhistas e sociais de contratar mão de obra de reeducandos que cumprem pena nos regimes fechado e semiaberto foram apresentadas a empresários do Distrito Industrial de Cuiabá.
O encontro foi realizado na sede da Associação das Empresas do Distrito Industrial da capital, na última semana de julho, por iniciativa do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário de Mato Grosso e da Fundação Nova Chance.
Em Mato Grosso, há atualmente 10 mil e 500 pessoas privadas de liberdade, sendo a maioria composta por homens jovens e negros, entre 18 e 30 anos.
Os números foram apresentados pelo supervisor do Grupo, desembargador Orlando Perri, que destacou durante a reunião a importância do trabalho como um dos três pilares para a ressocialização e a necessidade de quebrar os preconceitos existentes a respeito do assunto.
Perri lembrou que a sociedade civil deve e pode contribuir com a ressocialização das pessoas que cumprem pena privativa de liberdade. Segundo ele, não é possível pensar em ressocialização sem o trabalho, sem a profissionalização, porque é o trabalho que traz a dignidade do ser humano.
Também foi abordada a questão do preconceito e da insegurança que muitos empresários têm ao contratar pessoas que estão cumprindo pena por crimes que cometeram.
Sobre isso, a equipe do Grupo de Monitoramento e Fiscalização e da Fundação Nova Chance apresentou dados consistentes sobre reincidência, processo de seleção, registros de ocorrências em ambiente de trabalho, além de citar exemplos de indústrias que funcionam dentro de presídios e detalhar as condições técnicas da contratação.
Muitos empresários mostraram interesse em contratar mão de obra de reeducandos com a mediação da Fundação Nova Chance.
Eles tiraram dúvidas, fizeram perguntas e interagiram com os integrantes do Poder Judiciário.