| Operação para acabar com regalias dentro de presídio de Cuiabá causa tensão no sistema penitenciário.mp3 |
Da redação: Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
O clima é de tensão na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, onde está sendo realizada a operação contínua contra o crime organizado desencadeada pelo Sistema Penitenciário.
Segundo o Sindispen, Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso a operação atende pedido dos servidores “tendo em vista o crescimento do crime organizado dentro das unidades”.
O objetivo da operação é retirar regalias das celas e combater criminosos que não param de praticar crimes mesmo estando presos.
Entre os materiais retirados do presídio, estão televisores, ventiladores, barbeadores, sanduicheiras e outros eletrodomésticos.
A operação é uma resposta à morte do agente Elisson Douglas, executado em junho deste ano em Lucas do Rio Verde. Em carta, presos afirmaram que Elisson foi executado porque espancou um preso.
Durante esta semana estão suspensas as visitas aos reeducandos, assim como o atendimento a advogados e defensores públicos. Apenas as escoltas emergenciais, em caso de saúde, serão realizadas.
Vão ficar sem energia elétrica e mercadinho. E banho de sol somente no raio.
Segundo a presidente do Sindspen, Jacira Maria da Costa, os presos acabaram se 'revoltando' por conta da limpeza e fizeram bastante barulho batendo nas grades. Este também foi um dos fatos que chamou a atenção de familiares que protestaram do lado de fora da penitenciária.
Por outro lado, os detentos da Penitenciária Central do Estado alegam que são torturados pelos agentes penitenciários.
Os presos dizem ainda que além de serem espancados, a penitenciária é precária. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, atualmente existem dois mil e 100 detentos no presídio.
A denúncia, encaminhada ao juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis, é assinada por mil e 512 presidiários.
