Negociações não avançam e servidores grevistas da educação se acorrentam nas grades do Palácio Paiaguás.mp3 |
Da redação: Jurandir Antônio Voz: Guilherme Alves
Os servidores da rede estadual de Educação, que estão em greve há quase dois meses, realizaram mais um protesto nesta segunda-feira, em Cuiabá.
Mesmo antes de começar o expediente no Palácio Paiaguás, sede do Governo do Estado, dezenas de profissionais da educação já estavam acorrentados as grades que cercam o gabinete do governador Mauro Mendes, no Centro Político Administrativo.
Já em Várzea Grande, os manifestantes realizaram um bazar, no centro da cidade, onde venderam várias peças de roupas. O dinheiro arrecadado no protesto será utilizado no fundo de greve do Sintep, Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso.
Ao comentar a manifestação dos profissionais da educação de se acorrentarem em frente ao Palácio Paiaguás, o governador Mauro Mendes reafirmou que o Governo do Estado não tem condições financeiras para dar o reajuste salarial aos servidores da educação.
Mendes lembrou que o Estado está impedido de conceder aumento por ter estourado o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal com pagamento de pessoal.
“Se concedesse o aumento de 7,69% aos salários de milhares de servidores da educação, o limite seria estourado de forma irreversível, uma vez que resultaria em gasto adicional na ordem de 200 milhões reais neste ano, valor que o Estado não tem”, sentenciou o governador.
Para encerrar a paralisação e retornar as salas de aula a categoria, reivindica o cumprimento da lei de 2013, que dobra o poder de compra dos salários da categoria e que dá direito a 7,69% a mais na remuneração durante 10 anos, o pagamento da RGA, Revisão Geral Anual, além da reposição dos valores descontados dos salários com o corte do ponto.