MARCO HISTÓRICO. Ovinocultura ganha força em Mato Grosso com apoio do Sistema Famato

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Foto da manchete: Ascom Famato

Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti

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A ovinocultura em Mato Grosso acaba de dar um passo decisivo para se tornar uma atividade econômica relevante no agronegócio estadual.

A principal conquista até o momento foi a aprovação, pelo Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso, de um incentivo fiscal para operações internacionais e interestaduais com produtos de origem ovina.

A proposta foi validada na 26ª reunião do Conselho e oficializada por meio da Resolução, publicada recentemente no Diário Oficial do Estado.

O benefício é considerado um marco histórico para o setor.

O avanço é resultado de uma articulação conjunta da Ovinomat, Associação Mato-grossense dos Criadores de Ovinos e Caprinos, que buscou o apoio da Famato, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso para estruturar e fortalecer a cadeia produtiva de pequenos ruminantes no Estado.

Uma entidade aposta no potencial de atividade como uma nova e promissora frente do agronegócio mato-grossense.

A parceria com a Famato mobilizou uma força-tarefa técnica integrada por profissionais da própria Federação, do Imea, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, e do Senar, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso.

O grupo analisou aspectos fiscais, sanitários e técnicos da cadeia, identificando gargalos e propondo soluções para destravar o setor.

Na avaliação do presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, a aprovação do incentivo fiscal para a ovinocultura é um marco para Mato Grosso.

Um estudo do Imea revelou que o número de ovinos abatidos com selo de inspeção sanitária em Mato Grosso não passa de duas mil cabeças por ano, um número irrisório frente ao potencial produtivo estadual.

O levantamento revelou ainda que a carne ovina pode atingir preços até três vezes superiores aos da carne bovina no mercado internacional, evidenciando uma oportunidade econômica estratégica.

Outro dado relevante é a possibilidade de adaptação de frigoríficos já existentes no Estado, muitos deles com certificações estaduais e federais, para o abate de ovinos.

Isso representa uma vantagem competitiva e uma chance de rápida integração da indústria à cadeia produtiva.