| Mais de 400 mil cabeças de gado de Mato Grosso não precisam ser vacinadas contra a febre aftosa.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
O município de Rondolândia e parte dos municípios de Colniza, Comodoro, Aripuanã e Juína não vão realizar a vacinação do rebanho bovino contra a febre aftosa a partir deste ano.
A ação faz parte do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa. Em Mato Grosso, cerca de 400 mil cabeças de gado, de um total de 30 milhões, estão incluídas na zona livre de febre aftosa sem vacinação.
De acordo com o Indea, Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso, a certificação de todo o rebanho mato-grossense deve ocorrer em 2021.
“É uma vitória do Estado de Mato Grosso e dos pecuaristas. Estamos trabalhando há muito tempo para chegarmos ao ponto de não vacinar mais o rebanho contra a febre aftosa e, assim, conquistar novos mercados”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
De acordo com o coordenador de Sanidade Animal do Indea, João Marcelo Nespoli, a retirada da vacinação nas regiões destes municípios se deu porque têm uma atividade econômica muito ligada ao estado de Rondônia.
“Essas propriedades possuem uma relação comercial direta e dependente de Rondônia, devido a logística, então é fundamental que avancem para um mesmo status sanitário, ” destacou Nespoli.
Já o presidente da Acrimat, Associação dos Criadores de Mato Grosso, Oswaldo Ribeiro, disse que a área livre é uma grande oportunidade para Mato Grosso conquistar mercados internacionais que ainda não acessamos devido à prática de vacinação, o que poderá valorizar os animais da região.