Insatisfeitos com Bolsonaro, caminhoneiros entram em greve a partir da meia noite de domingo.mp3 |
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Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Os caminhoneiros anunciaram, nesta terça-feira, a realização de uma greve nacional a partir da meia noite do próximo domingo, 25 de julho.
A categoria cobra promessas “não cumpridas” pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que recebeu muitos votos dos motoristas de caminhão nas eleições de 2018.
Entre as reivindicações da classe estão: a redução do preço dos combustíveis, a efetivação do piso mínimo e a liberação de pedágio para veículos sem carga.
No último mês de fevereiro, o movimento de greve não vingou porque entidades de classe próximas ao governo e caminhoneiros simpatizantes de Bolsonaro boicotaram o movimento.
Agora, apesar da classe ainda estar dividida em relação a greve, a expectativa é que a adesão seja maior.
“Temos muitas entidades que em fevereiro foram contra a paralisação e desta vez estão a favor”, garante o presidente da Associação Nacional do Transporte no Brasil, José Roberto Stringasci.
“Viram que se não fizermos alguma coisa, a categoria do caminhoneiro autônomo será extinta”, reforça Stringasci.
Os organizadores apostam que o movimento será grande, pois, segundo eles, a insatisfação dos caminhoneiros com o governo só aumenta.
“Tivemos uma reunião com o presidente da Petrobras, general Silva e Luna, para mostrar nossa preocupação com o preço dos combustíveis”. E o que tivemos desde então foi um novo aumento,” reclama o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga, Plinio Dias.
Para Dias, os motoristas não concordam com a argumentação do presidente Bolsonaro, que culpa os impostos cobrados por governadores pelo aumento do preço dos combustíveis.
“Quem manda na Petrobras é o presidente, ele pode acabar com o preço de paridade internacional”, rebate o líder dos caminhoneiros.
“Bolsonaro disse que ia apoiar os caminhoneiros, mas nunca fez nada por nós. Muitos motoristas se arrependem de ter apoiado ele,” finalizou Plínio Dias.