Indígenas de Mato Grosso conheceram no Amazonas a maior associação habilitada para exportar castanha-do-brasil

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Foto da manchete: Assessoria ICV

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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Lideranças indígenas de Mato Grosso conheceram a maior associação de base comunitária do Amazonas habilitada a exportar castanha-do-brasil.

O intercâmbio na ASSOAB, Associação dos Agropecuários de Beruri, foi realizado na última semana e vai fortalecer iniciativas de extrativismo orgânico em terras indígenas.

Primeira associação comunitária a receber o Cadastro Geral de Classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a ASSOAB é referência na Amazônia na comercialização de castanha.

A iniciativa, portanto, teve como objetivo impulsionar a economia sustentável e inclusiva em Mato Grosso.

O intercâmbio foi realizado pelo ICV, Instituto Centro de Vida, com apoio do Projeto Terramaz.

Ao todo, cinco lideranças indígenas que trabalham com coleta e comercialização da castanha conheceram soluções e técnicas para potencializar o modelo de extrativismo sustentável em seus municípios, na região noroeste de Mato Grosso.

Membro da Repoama, Rede de Produção Orgânica da Amazônia Mato-grossense, por meio da Associação AIABA, Roseno Rikbaktsa foi um dos participantes do intercâmbio e comentou sobre a importância do encontro.

Na ocasião, Roseno afirmou que a comercialização de castanha ainda é um desafio para os indígenas mato-grossenses.

Segundo ele, é preciso ter um preço melhor para trabalhar bem dentro da comunidade. O líder indígena destacou que o intercâmbio foi muito importante para conhecer melhor todo esse processo.  

Já o analista socioambiental do ICV, Rodrigo Marcelino, destacou que a iniciativa fortalece o conhecimento sobre beneficiamento da castanha em terras indígenas, com ênfase na potencialização do valor agregado dos produtos.

Para a presidente da ASSOAB, Sandra Neves, o encontro mostrou a força do mercado da castanha no contexto amazônico e, principalmente, o quanto o setor pode expandir ainda mais com participação de indígenas no processo.