Há 64 anos, cadela Laika era enviada ao espaço pela União Soviética

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Foto da manchete: reprodução Wikipédia 

Por Rádio Nacional - Brasília

Laika era uma cadelinha que, em 1957, vivia solta nas ruas de Moscou, pesava aproximadamente 6kg e tinha três anos de idade quando foi capturada para o programa espacial soviético. 

Originalmente, a chamaram de Kudriavka, que significa "risadinha" - mas o nome que ficou mesmo foi Laika, devido à sua raça. O objetivo era lançar a cachorrinha para o espaço a fim de conhecer os efeitos da viagem sobre os seres vivos. O Sputnik 2 foi lançado em 3 de novembro de 1957. Os sinais vitais da Laika eram seguidos pelo controle em Terra. 

Ao alcançar a máxima aceleração depois da decolagem, o ritmo respiratório do animal aumentou de três a quatro vezes em relação ao normal, e sua frequência cardíaca passou de 103 a 240 batimentos por minuto. Os dados telemétricos iniciais mostravam que, ainda que Laika estivesse agitada, estava comendo. A recepção de dados vitais parou entre cinco e sete horas depois da decolagem. 

Durante anos, Moscou deu informações contraditórias sobre o destino de Laika. O Sputnik não estava preparado para regressar à Terra de forma segura. Já se sabia que Laika não sobreviveria à viagem. 

Em 2002, o cientista Dimitri Malashenkov, que participou do lançamento do Sputnik, revelou que Laika havia morrido entre cinco e sete horas depois da decolagem, devido ao estresse e superaquecimento. O Sputnik finalmente explodiu, junto com os restos de Laika, ao entrar em contato com a atmosfera, em 14 de abril de 1958, após 163 dias e 570 órbitas em volta da Terra. 

No cinema, um filme sueco dos anos 1980 chamado Minha Vida de Cachorro mostra um menino que, entre outras questões, se pergunta o que foi feito da cadela Laika. 

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