Governo do Estado recusa proposta da Assembleia Legislativa para parcelar reajuste dos servidores grevistas da educação.mp3 |
Da redação: Sapicuá Rádio News
O Governo do Estado rejeitou a contraproposta apresentada pela Assembleia Legislativa que dividia o pagamento do reajuste de 7,69%, reivindicado pelos servidores da educação em três parcelas como condição para terminar a greve da categoria foi rejeitada pelo governador Mauro Mendes.
Ele reafirmou que nada mudou na situação financeira do Estado nos últimos dias, que continua estourando a Lei de Responsabilidade Fiscal, norma federal que se sobrepõe a qualquer lei estadual.
“Nós já respondemos a Assembleia da mesma forma que nós respondemos a todos, inclusive, ao sindicato numa reunião que tivemos aqui com eles, dizendo clara e objetivamente: nós estamos impedidos de dar qualquer aumento na folha salarial e nada disso mudou na última semana, nos últimos meses. Enquanto não mudar não temos condições”, destacou Mendes.
A proposta encaminhada pela Assembleia Legislativa estipulava duas parcelas de 2,6% a serem pagas nas folhas salariais de agosto e novembro deste ano e outra de 2,49% correspondente ao mês de fevereiro de 2020.
Segundo o presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho, do DEM, se o Executivo aceitasse a proposta colocaria fim à greve dos profissionais da rede estadual de ensino, que completa 50 dias esta semana.
Com a recusa da proposta elaborada pelo poder legislativo em conjunto com o Sintep, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público, alguns deputados ameaçam trancar a pauta e não votar assuntos de interesse do Governo.
Ao comentar a possibilidade, Mauro Mendes lembrou que o Legislativo é um poder autônomo e com total autonomia para tomar decisões.
“Se obstruir a pauta mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal ou fazer entrar mais dinheiro no caixa do estado ok, está resolvido”, ironizou o governador.
Mauro ressaltou o trabalho político dos deputados, mas garantiu que quem decide sobre a possibilidade de dar reajuste ou não para os servidores da educação, ele.
“Nossa administração não será irresponsável de sair dando cheque sem fundo, autorizando gastos ", enfatizou Mendes.
Voz: Vinícius Antônio